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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E tu, jogas o quê?

Uia, até que enfim voltei...

Foi mal por ter demorado a postar, mas tava ocupado esses meses. Jogando Red Dead Redemptiom... e com muita preguiça de escrever.

Mas cá estou para perguntar: Qual o seu estilo de jogo preferido?

Particularmente, eu jogo muita coisa diferente, mas geralmente é ação, FPS, aventura, plataforma, um bom RPG e algo que ofereça um multiplayer divertido.

Repararam que eu não coloquei “esportes” aqui?

Pois é. Não gosto muito... porque eu sou gordo... e cansa só de olhar pra tela.

E detesto futebol.

Nada contra o esporte em si, até dá uma emoçãozinha de vez em quando e tals e blá blá blá... mas o que eu tenho mais raiva é o ABSURDO DE ATENÇÃO QUE GIRA EM TORNO DA PORCARIA DA GORDUCHA E SEUS 22 MARMANJOS QUERENDO PEGÁ-LA PARA , ENFIM, CHUTAREM PRA MAIS LONGE!

Você liga a TV no horário do almoço e ta lá: futebol. Todo telejornal que está apresentando o quadro de esportes estão falando de quê? Futebol. Quarta-feira e Domingo é dia de quê? Biloca? Não, futebol. Depois de um jogo de futebol existem programas de TV que debatem durante uns quarenta minutos sobre a partida que acabou de acontecer de... futebol. Na rua, os meninos estão brincando de... futebol. Pelé, Garrincha, Zico, Tostão, Sócrates, Romário, Ronaldo, Biro-Biro, Jorge Campos e Van Nistelroy eram combatentes da infantaria heróica que libertou Bambuluá do Império Prussiano NA GUERRA CIVIL DE 2003? NÃO! ERAM JOGADORES DE FU-TE-BOL.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Sem contar que futebol é o esporte mais violento do mundo.

“Que história é essa, Totó? E o Boxe? E o UFC? E o Campeonato da Vodca na Rússia?” você me pergunta...

Amigo, eu duvidê-ó-dó que você vá jogar uma pelada na rua pra voltar inteiro. É um chaboque de dedo arrancado numa pedra aqui, uma ralada na canela magra ali, um bofete na tábua dos queixo numa discussão se foi gol ou não porque a bola passou por cima da chinela que era pra ser a trave, e os caras que são linha fora começa a gritar que o gol valeu só pra poder jogar... enfim, só confusão!

...E eu nunca fui bom. Sempre o último a ser escolhido. Grande demais e desengonçado.

Mas eu tentei, juro que tentei. E também juro que eu queria chutar a bola e não a barriga daquele menino lá da rua...

E essa tara absurda dos 99,99% dos homens por futebol acaba indo também para o videogame.

Você acaba de comprar Marvel Ultimate Alliance 2 – que não é lá essa maravilha toda de jogo, mas diverte porque permite que até quatro jogadores saiam distribuindo sovas e tabefes de uma vez só contra a CPU do videogame – e chama os amigos pra jogar, todo animado.

A primeira coisa que eles perguntam assim que sentam e pegam o controle é: “TEM FUTEBOL AÊ?”

...

HOMI, PELO AMOR DE DEUS, HOMI! O CARA PASSA O DIA TODO PENSANDO EM FUTEBOL! NAM! VAMO JOGAR OUTRA COISA, EU COMPREI UM JOGO NOVO AQUI, Ó!

...

No final, eu acabo pegando o Pro Evolution Soccer e colocando no videogame... é só socialmente.

Mas eu vim falar mesmo sobre navios piratas.

É. Sobre um joguinho que passou despercebido por muita gente na época em que foi lançado, mas se você tiver a mente aberta pra um bom RPG é diversão na titela.

PIRATES OF THE CARIBBEAN.

Pense num jogo que engana. O RPG da Bethesda – que lança títulos muito bons, por sinal, como Fallout 3 e Oblivion – lançado para PC e XBOX é um mar de possibilidades. Tá certo que essas possibilidades são meio limitadas, mas se você tiver com um tempinho sobrando e já cansou de matar zumbis ou de passear por Jerusalém e Veneza, terá boas surpresas.

Jack Sparrow não está no jogo. Nem os outros personagens do filme. Aliás, as únicas coisas do filme são os piratas mortos-vivos e o Pérola Negra, o navio fantasma, então se você é fã do filme e quer jogar com o pirata meio afeminado que é interpretado por Johnny Depp, deve procurar os outros títulos de Pirates of the Caribbean.

Neste jogo você controla um capitão britânico chamado Nathaniel Hawk – magro, bem vestido e com um cavanhaque de dar inveja a... mim – que se encontra com seu navio ancorado na ilha de Oxbay, de domínio britânico. Logo no início um de seus comandados te ensina como lutar, como abrir o inventário, distribuir os pontos do personagem e outras coisas de tutorial, e dá algumas dicas do que fazer na ilha como objetivos principais e secundários.

Pronto, cheguei à parte que eu queria falar logo cedo (Qui Bom!). O que me cativou nesse jogo, além da evolução do personagem e suas habilidades, são as diversas formas de se aventurar pelas ilhas e mares a fora e ganhar dinheiro. Toda ilha no mapa do jogo tem seus mistérios e pequenos tesouros a serem encontrados, não de forma fácil, é claro, pois esses tesourinhos de calabouços e cavernas geralmente são muito bem guardados pelos piratas mortos-vivos.

Assim como também existe uma linha de comércio entre as ilhas. Você pode comprar seda numa ilha inglesa e vender mais caro numa ilha francesa, que por sua vez vende chocolate mais barato que numa ilha espanhola, por exemplo. Você pode fazer um bom lucro importando e exportando mercadorias entre as ilhas. Isso sem falar sobre o contrabando existente nas praias longe do cais e dos olhares dos guardas.

Mas o mais empolgante e o que rende mais pontos de experiência ao seu personagem são as batalhas navais. Você começa com um naviozinho de classe 6. Quanto menor o número, maior e mais imponente é o navio. Aí, em mar aberto você se depara com muitos navios diferentes. Mercantes, Vasos de guerra e Piratas de classes diferentes. Você pode batalhar com qualquer navio que desejar, mas isso implica na diplomacia e na política entre as nações. Se você quer ser um bom moço e não mexer com ninguém, as únicas embarcações que irão te atacar são piratas, porque afinal pirata é pirata e o que eles querem mesmo é abordar seu navio, enfiar um sabre no seu bucho e ver você estrebuchar até a morte. Depois levam seu navio e vendem tudo o que tem dentro dele... claro que você só consegue ver até a parte em que seu personagem morre e aparece game over, o resto é pura imaginação minha. Mas a melhor parte é que você pode fazer isso com eles também. Capturar e vender navios são as atividades que mais enche sua bolsa de dobrões de ouro e ainda te dá a opção de se apossar de navios melhores para a sua frota.

Ou se preferir ser o “Horror dos Altos Mares”, como eu já consegui ser, é só abrir fogo contra qualquer embarcação que você encontrar, não importa a nação. você pode tomar ilhas inteiras se preferir. Mas lembre-se que isso te dará trabalho, porque quando seu navio estiver todo arrebentado precisando de uns bons remendos no casco e você estiver em guerra com todas as nações você não poderá chegar nem perto do porto pra consertar, pois cada ilha tem seu forte, e cada forte tem muitos canhões, e cada canhão causa muito dano no navio... e se seu navio não é um Encouraçado de Batalha Classe 1, então pode se preparar para ir ter uma prosa com Bob Esponja e Patric Estrela na Fenda do Biquíni.

Para ser um bom capitão você precisa ter em seu comando bons homens e pagar seus salários em dia. Se você tiver bons oficiais na hora de singrar os sete mares as batalhas se tornarão mais fáceis. Nas tavernas espalhadas pelas ilhas existem bons oficiais loucos por uma aventura e sedentos para mostrar suas habilidades. Essas habilidades são somadas as suas e o seu navio fica mais rápido e mortal.

E tudo isso acontece paralelamente à história principal que é cheia de reviravoltas políticas, mas que deixa um pouco a desejar quanto ao final, pois pra vender mais a Disney empurrou goela abaixo o enredo do filme no jogo e ficou tudo muito forçado. Mas é só você pensar que é um jogo de aventura qualquer que tá tudo certo!

Em geral, é um bom jogo pra quem gosta de RPG.

E é isso aí.

Tinha pensado em escrever uma crônica e tudo mais, mas me deu uma preguiça da gota serena.

Só se alguém pedir, aí eu escrevo.

Bons jogos e que Deus nos abençoe.

domingo, 29 de agosto de 2010

Olá de novo, povo. E me desculpem pela demora de um novo post.

Estava me perguntando outro dia se eu sou um gamer HARDCORE.

Não sei quais são os “parâmetros” de um jogador hardcore, mas se for aquele jogador minucioso, que quer zerar um jogo em 100%, fazendo todas as missões disponíveis, as principais e secundárias ou até terciárias, que antes de começar uma fase olha para trás pra saber se não tem um item escondido ali e vasculha feito um cão farejador de drogas em cada “BIXIGA” de cantinho do mapa pra encontrar tudo o que o jogo tem pra oferecer... então eu sou um jogador hardcore.

E isso às vezes me dá uma dor de cabeça danada.
Porque eu simplesmente não consigo aceitar que terminei um jogo assim, sem compromisso... sem pegar todas as armas ou sem elevar todos os meus personagens ao nível 99 ou ainda sem desabilitar todas as pistas e todos os carros disponíveis ou sem destravar todos os lutadores secretos.

... E isso cansa.

É pura verdade que não é todo jogo que termino 100%. Existe alguns que são praticamente impossíveis de se conseguir porque o jogador teria que passar muito, mas muuuuuuuuuuuito tempo em frente da TV ou do PC pra poder realizar tal façanha, e nós – que trabalhamos, temos filhos e esposa para dar atenção, temos casa com seus chatos afazeres domésticos e temos uma vida social pra cuidar – não dispomos desse tempo todo pra jogar.

Pegue um jogo como GTA San Andreas, por exemplo, e zere 100%. NÃO DÁ, MEU AMIGO! Quer dizer, até dá... mas lembre-se que você também tem que comer e ir ao banheiro pra tomar banho e lavar essa sua cara rechonchuda de jogador de videogame. Saiba que quando eu digo 100% é CEM POR CENTO MESMO. Pra você ter uma idéia – e salvo engano - existe uma missãozinha secundária que é “coletar 100 ostrinhas no oceano”

...

VOCÊ JÁ VIU O TAMANHO DO OCEANO DE GTA SAN ANDREAS?

Zerar um jogo desses se torna um projeto de vida!
Mas existem aqueles que conseguiram... Nunca conheci nenhum, mas com toda a certeza deve ter por aí pelo mundo alguém que possui um valioso MEMORY CARD com a gravação de “100% COMPLET” embaixo do íconezinho de GTA San Andreas.

Bom, aí você decide jogar Far Cry 2.

E acha o maior barato pegar um Jippe e sair dirigindo floresta adentro com um mapa na mão mostrando a localização do objetivo principal. Mas espere... o que é essa luzinha verde piscando aqui no painel do carro? Opa... está piscando mais rápido! Tô me aproximando de alguma coisa valiosa, deve está ali atrás daquela árvore. Achei! É um diamante! Legal, deve ter MAIS UMA PORRADA DE DIAMANTES SOLTOS POR AÍ NESSE MAPA DE FAR CRY 2 QUE É UM DOS MAIORES MAPAS JÁ CONSTRUÍDOS PARA UM JOGO DE VIDEOGAME...

Pois é. Eu fui um dos que caçavam diamantes em Far Cry 2. Mas cansei.

Agora fico imaginando a galera que trabalha numa revista de games e tem que detonar jogos com prazos curtíssimos e publicar todos os segredos do jogo... Isso é osso duro de roer. Já li uma revista que tinha a localização de todos os diamantes de Far Cry 2, por exemplo. E isso não é nada. E os RPGs gigantescos que tem por aí e que os caras debulham inteirinho como se fosse uma vagem de feijão verde?

Quando não dá pra eu completar em 100%, eu me sinto na obrigação de zerar pelo menos no último nível de dificuldade.

Aaaaah... lembro-me do último desafio de God of War e da última fase de Black, ambos para Playstation 2...

Terminei os jogos com dor de cabeça... mas terminei no último nível de dificuldade, ORA, BIXIGA!

Lembro de um PLAYGAME que ficava perto da minha casa, a “WORMS GAME”. E lá existia uma turma boa que gostava de jogar, conversar e rir uns da cara dos outros. O dono, meu amigo Humberto, inventou de classificar os melhores jogadores de lá como “OS COMANFS”. Quem zerava jogos em 100% e no último nível de dificuldade era um COMANF.

E eu TINHA que ser um COMANF, seja lá o que era isso.

Pois bem, a galera ficava de olho quando a gente sentava pra jogar e era aquela pressão quando chegava a hora de escolher o nível de dificuldade...

“Se não escolher HARD não é um COMANF”

E lá ia eu apertando o botão em hard... só pra ter dor de cabeça em alguns jogos.
Mas pelo menos eu era um COMANF.

...

Quer dizer, eu acho que era. Nunca recebi nenhuma medalha oficial ou certificado... mas eu acho que era.

E esse assunto me traz ao jogo de hoje.


Hitman Silent Assassin é um jogo de ação em terceira pessoa onde você controla o famoso assassino 47. O título é o segundo de 4 jogos lançados até agora, sendo que o primeiro, de nome Hitman, foi lançado somente para PC. Nesse segundo você encara a ação em diversos países diferentes com contratos a serem cumpridos seja lá como for. E foi isso que me cativou em Hitman: as diversas formas de eliminar um alvo. Você pode começar indo no seu arsenal pessoal, escolher as armas disponíveis que quiser ou as ferramentas que quiser – como o bom e inofensivo sonífero, por exemplo – e começar a missão. O mapa de cada fase lembra um dispositivo monitorado por satélite que mostra a movimentação de cada pessoa que está no local em tempo real... quer dizer, isso se você não estiver jogando na dificuldade EXPERT, pois aí todos somem do mapa e fica a cargo de você descobrir onde eles estão. Mas todos os personagens geralmente seguem um padrão de comportamento que fica fácil de decorar se você já jogou a mesma fase várias vezes. E aí entra a estratégia de jogo.

Você sabe que seu alvo está na varanda da casa, e a casa está entupida de seguranças. Mas você está com um de seus rifles de alta precisão e pensa em eliminá-lo à distância. O alvo aparece na sacada da varanda e você pensa “Ai, Papai... vou dá-lhe no quengo”... e atira. O alvo é abatido e se você quiser ir embora, pode ir porque o contrato já foi cumprido. MAS... se você pegar seu binóculo ao invés de seu rifle e observar a movimentação na mansão verá que, além do alvo passear pela varanda, existe um carteiro que está indo entregar flores no portão, e na entrada dos fundos existe um entregador de comida que vai e vem levando caixas para o interior da mansão... ou seja, você pode entrar na mansão sem ser notado e vasculhar tudo por lá. Para que? Ora, existe armas a serem coletadas, itens a serem pegos e outras cositas más.

Tá, como a maioria dos jogadores casuais, você não tem paciência para bolar um plano magnífico e maquiavélico de dopar o entregador de comidas com o sonífero, vestir a roupa dele – sim, você pode fazer isso e deixar suas vítimas só de cueca – agarrar um caixote de comida, entrar na mansão passando pelos seguranças com a cara mais sínica do mundo como se nada tivesse acontecido, andar pela mansão e abater o seu alvo de uma forma bem mais profissional e artística: com um fio de estrangulamento.

ISSO é aproveitar o que o jogo te oferece! Atirar em alguém num jogo como esse qualquer um faz... mas ver o seu plano dar certo e terminar a fase abatendo SOMENTE o alvo é coisa para um jogador paciente e te dá um prazer danado.

E aí você me pergunta: “Mas pra quê eu vou perder meu tempo se eu posso simplesmente chutar a porta principal da mansão com a minha escopeta de cano duplo em mãos e matar todo mundo que aparecer na minha frente?”. É verdade, você pode. Mas aí o seu ranking cairá e você não ganhará armas novas... Ah, eu não falei do ranking?

Existe um avaliador de desempenho no término de cada fase que mede quão Furtivo ou Agressivo você foi. Quanto mais estardalhaço você fizer numa fase, como matar civis ou até os guardas que NÃO forem seu alvo principal, mais a sua barra de agressividade aumentará e a de furtividade diminuirá. Mas se você tiver a paciência necessária para ser um assassino profissional e entrar nos locais sem ser visto e abater somente seus alvos e de preferência sem gastar balas para isso, aí o seu ranking aumenta e você receberá o ranking máximo que é SILENT ASSASSIN, ganhando de presente armas novas que geralmente não são encontradas nas fases.
Conseguir um ranking de SILENT ASSASSIN em TODAS as fazes... bom... isso é difícil, mas não impossível. Depende de você ter paciência e não ter medo de apertar RESTART FROM THE CHECKPOINT toda vez que alguma coisa der errado. E acredite: se você quer conseguir esse ranking em todas as fases, muuuuuuuuita coisa dará errado. Mas tenha perseverança que você conseguirá, Joseph Climber!

Com um bom nível de dificuldade, um enredo consistente que combina máfia, dinheiro, organizações misteriosas, ação e furtividade; gráficos limpos e bons modelos de personagens - embora meio caricaturados que não combinam muito com a temática do jogo – e poucos erros de programação, HITMAN SILENT ASSASSIN é um joguinho que vale a pena ser jogado pelos pacientes e impacientes.


E que merece uma pequena crônica de uma das fases que eu mais gostei de jogar que se chama “Invitation to a Party”.

A lancha singrava velozmente pelo estreito canal gelado que cortava a cidade de St. Petersburg, Rússia. Os flocos de neve caíam por toda a cidade, alheios aos acontecimentos que transformavam aquela noite em mais uma noite de trabalho... Em mais um contrato a ser cumprido. Ao leme, uma silhueta alta, careca e bem vestida. O terno preto alinhado balançava ao movimento do vento. A água batia no casco e respingava, mas as gotas brilhantes nem chegavam a molhar a gravata vermelha escarlate que contrastava com a camisa branca listrada; branca como a neve que tocava o alto da cabeça raspada e escorria pela tatuagem gravada na parte de trás em forma de um código de barras... Cujos últimos dígitos eram 47. Aos poucos a lancha perde velocidade e passa a deslizar pela água, parando poucos metros à frente. Uma corda é lançada num pequeno cais e sapatos pretos lustrosos alcançam as lajotas de pedra lisa do solo. Ele havia chegado e alguém iria morrer hoje.

Seu celular irrastreável chama e prontamente ele atende. A voz feminina do outro lado da linha é direta, impiedosa... e linda.

“Boa noite, 47. Aqui é Diana da Agência. Os seus alvos são: General Mikhal e um agente das FORÇAS ESPECIAIS SPETSNAZ, ambos convidados da festa beneficente na embaixada. Você deverá também assegurar uma maleta que o agente corrupto receberá do embaixador. Elimine os alvos e capture a maleta. As plantas do prédio estão sendo enviadas por satélite. Boa fortuna, 47.”

Ele nada fala. Sem perguntas. O longo tempo nesse negócio o ensinou muitas coisas e a principal delas foi nunca questionar seus contratos. Sem perguntas, sem envolvimento. O visor do aparelho o mostra todas as entradas possíveis e, principalmente, suas rotas de fuga. O assassino profissional guarda o celular e leva as mãos cruzadas levemente sobre o paletó... Elas estavam ali e ele saberia o que fazer com elas se fosse necessário. Ao subir os degraus da pequena escada que dá acesso às ruas, ele vê um jovem garçom debruçado sobre o canal a fumar um cigarro – que certamente seria proibido na cozinha onde ele estivera trabalhando à pouco – alheio a tudo em sua volta, perdido em pensamentos e aproveitando os últimos dos seus 15 minutos de descanso; muito pouco se comparado ao tempo que ele estivera servindo aos inúmeros convidados da festa na embaixada. Na verdade o tempo é relativo, pois num minuto ele estava fumando, no minuto seguinte alguém o surpreende por trás e empurra um lenço embebido em alguma coisa extremamente forte contra seu nariz e boca e num ato involuntário ele tenta puxar o ar para seus pulmões... e num terceiro minuto seus olhos pesam como chumbo e ele perde os sentidos desabando nos braços de um desconhecido, sem nem imaginar que sua camisa já estava sendo desabotoada.

A roupa fica um pouco folgada, mas é melhor assim. 47 ajusta a gravata borboleta de cetim em seu pescoço e se distancia do dorminhoco garçom deitado na rua. À passos largos o assassino caminhava em direção ao longo muro que circundava a construção, feito de grandes blocos de pedras e impossível de ser escalado ou transposto em tão pouco tempo. Guardas da polícia local faziam ronda pelas ruas ao redor, mas eles estiveram vendo a intensa movimentação de garçons durante toda a noite e aquele garçom careca não aparentava nada de especial. Uma rápida olhada no celular e logo um portão ao final do muro é reconhecido. É por lá que os empregados entram, e ele já estava dentro. Caminhando firmemente pela alameda lateral da embaixada em direção à porta dos fundos da cozinha, ele nota a movimentação no portão principal: as limusines não paravam de chegar e os seguranças, todos eles, estavam bem armados.

A porta é aberta com firmeza e o “Chef” – um homem de baixa estatura, corpulento, metido em sua doma branca com visíveis manchas de gordura e uma cara de quem acaba de deixar queimar o prato principal da noite – olha de súbito para a porta de serviço e vê, através de panelas de aço inox penduradas no meio da espaçosa cozinha, aquele novo garçom alto, careca e com cara de poucos amigos. Um olhar de desconfiança passa pelo semblante do cozinheiro, mas logo desaparece, pois muitos garçons transitam pela cozinha levando bandejas e taças e aquele estava parado sem fazer nada. “Mais um amador”, ele pensa.

“Você aí! Está atrasado. Mexa-se! Leve esse espumante aos convidados. As taças estão na despensa. Vamos! Vamos!”

Rapidamente 47 entra na despensa e encontra diversas taças de cristal refinado... mas somente uma é necessária.

O grande salão estava apinhado de convidados à caráter. O luxo fazia jus ao imponente prédio, pois o piso feito de quadrados intercalados de mármore branco e preto acompanhava o tecido pesado das cortinas douradas e os móveis clássicos. O pianista, sentado num piano de cauda posto no canto do salão, executava com maestria “Romance” de Beethoven e o som de conversas e sorrisos se unia à música. As portas centrais se abriram e mais garçons entravam para servir. Bandejas com champanhe e caviar circulavam despropositalmente, exceto uma, que não causou estranheza por acomodar somente uma taça. O barbudo General Mikhal, ostentando com orgulho suas medalhas postas em seu uniforme verde, conversava alegremente com convidados, sem perceber que estava sendo vigiado de perto. Um olhar insinuador do general a um convidado, com um terno claro, que conversava com o embaixador junto ao piano não é passado despercebido ao assassino. Ali estava o agente da Spetsnaz, que retribui o olhar.

“Ah, Champanhe!” diz o general, com a boca salivando. O garçom careca curva levemente a cabeça em sinal de agradecimento por ser útil e se afasta. Tão logo a taça é esvaziada, algo acontece. Um pedido de desculpas sai dos lábios do general em forma de “com licença” num sussurro espremido, e andando rapidamente em direção ao toilet mais próximo deixa o salão com a mão pressionando o estômago. O veneno era rápido e letal. O assassino sabia que se alguém entrasse no mesmo banheiro à exatos 2 minutos depois encontraria um defunto uniformizado e cheio de medalhas.

Nesse meio tempo os olhos frios de 47 perseguem o embaixador e o agente. Hora de cumprir as outras cláusulas do contrato. Os dois atravessam o salão e cruzam duas portas à extrema esquerda que dava a um corredor vazio. Eles são seguidos discretamente pelo garçom. O longo corredor forrado com um tapete vermelho com detalhes em dourado possuía portas de ambos os lados; certamente escritórios que 47 já sabia devido aos mapas de acesso. Os passos eram abafados pela tapeçaria e ele era o mestre da furtividade. Ao final do corredor a dupla virou à esquerda e eles entraram numa das salas. A sala onde estava a maleta. A porta se fecha e a negociação tem início. O assassino exerce a paciência que lhe foi incutida e espera pelo melhor momento de agir. A espera é curta. A porta se abre e o agente sai com a maleta numa das mãos. Os passos são tranquilos, pois a chantagem fora um sucesso. E seguindo calmamente o curso do corredor o homem de terno claro dobra mais uma vez o corredor à esquerda e para de súbito. Um estranho garçom o encarava parado no meio do corredor. Os dois se encaram sem trocar uma palavra. Uma gota de suor escorre da testa do agente que ficara nervoso ao encontrar aquele homem, parado, com os braços estendidos ao lado do corpo e com aquele olhar frio de quem é um profissional, de quem nunca se permite errar... o olhar de um assassino silencioso. Ao perceber tudo, rapidamente o agente leva a mão livre ao forro do paletó e antes de sacar uma pequena pistola do coldre ele vê as mãos do assassino se tornarem um borrão de tão rápido e sacarem de suas costas duas pistolas BALLERS .45 niqueladas. As duas disparam impecavelmente juntas e atingem o agente de cheio no peito. A força do impacto da munição é absurdamente forte o bastante para arremessar o corpo 3 metros para trás. O som não passou de um estalo. Os silenciadores acoplados aos canos fizeram bem o seu trabalho. Antes da poça de sangue se alastrar pelo tapete da mesma cor, nem a maleta e nem o garçom estavam mais lá.

Poucos minutos depois um guarda da polícia local relata ao seu chefe do departamento que alguma coisa aconteceu na embaixada. Alguém assassinou duas pessoas. Um objeto de valor incomensurável havia sido roubado. E seu chefe, incrédulo, pergunta aos gritos aos seus subordinados se eles não viram nada de estranho naquela noite enquanto os convidados eram retirados em segurança do local. Um único oficial relata que viu ao longe, na penumbra da cortina de neve, somente um garçom careca se dirigindo calmamente ao cais com uma pequena mala que seria, provavelmente, seus pertences.

A lancha já havia partido quando o contingente chegou correndo ao pequeno cais na ponta da rua. Só encontraram um homem seminu dormindo ao relento.

Nada mais.

Contrato cumprido.

...

EITA PIULA, FICOU MASSA Ó?

...

Desculpem a falta de modéstia.

Então por hoje é só.

Bom jogo e que Deus nos abençoe.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Jogando com um Panda.

Olá, galera.

E aí, jogando muito?

Adivinhem só: eu estou! Não tanto quanto gostaria, é verdade, mas depois que coloco meu filho pra dormir, lavo a louça, tiro a roupa do varal, dobro e guardo a roupa e varro a casa aí eu desconto: sento e jogo. YES!

...

Ah, não acredita que eu faço tudo isso?

Pergunte pra minha esposa então, meu amigo!

Essa é a forma que eu aprendi de como garantir algumas regalias no casamento. Ah, quer saber quais?

...

Vá casar pra descobrir, ôxe! E se eu fosse você, meu amigo casado, eu faria tudo isso e mais um pouco pra evitar confusões.


Mudando de assunto: eu tenho um grande amigo. O apelido dele é Panda. Digo grande amigo não só pelo companheirismo que temos... mas pelo tamanho do cidadão: ele parece um urso grande e largo, porém branco... daí o apelido.

Mas porque que não apelidaram ele de Urso Polar então?

...

E EU SEI LÁ, HOMI!

Já conheci ele assim.

Ele gosta de jogar videogame também. Principalmente jogos de ação onde ele possa extravasar toda a sua “BRUTALIDADE E CAVALICE” que nós, os amigos dele, sabemos que ele tem. Por exemplo: Panda se refere a mim usando termos carinhosos como “VENTA DE SUVELA, ANTA RETARDADA E MULA CANGULA”.

Mas isso é só pra tirar onda. É a forma que ele tem pra dizer que gosta da gente sem parecer gay. Porque Panda tem um coração do tamanho do bucho dele e não mede esforços na hora de ajudar um amigo.

Ah, sim. Às vezes ele confunde direita com esquerda e vice-versa.

E isso é MUITO RUIM quando a gente tá jogando junto.

Imagina aí: Estamos jogando juntos uma certa missão, ele me dá cobertura e eu avanço pra um local cheio de inimigos. Começo a abrir fogo. A ação é intensa. A bala zunindo no pé da orelha, granadas explodindo, a metralhadora cantando, corpos caindo e eu dizendo um “eita piula” frequentemente... aí ele diz: “Tem um cara vindo na tua direita aí, Suvela!” De súbito, viro pra direita já com o dedo no gatilho, confiando na informação do meu companheiro que está me dando cobertura para eu não morrer.

E eu morri.

O inimigo veio pela ESQUERDA e me pegou pelas costas. Morri feito uma galinha caipira na hora do abate pra fazer a cabidela.

PORQUE A MULA CANGULA DA GÔTA SERENA NÃO SABE O QUE É DIREITA E ESQUERDA... às vezes.

...

Aí eu olho pra ele e ele me diz: “ô... era esquerda, ó?”

...

Mas jogar com ele é massa. Quase toda semana a gente se reúne pra jogar. Hoje estamos mais atualizados, jogando Army of Two e Gears of War... Mas antigamente a gente jogava Sniper Elite.


Sniper Elite: Jogo de ação em terceira pessoa de 2005 para Playstation 2, Xbox e PC. Se trata de um atirador de elite no fim da segunda guerra mundial, enfrentando os nazistas sob o olhar de seu rifle de alta precisão. Com gráficos medianos para a época, o jogo empolgava pelo fato de inovar nos tiros dos “snipers”, transformando os acertos nos inimigos numa viagem cinematográfica da trajetória da bala. O que era empolgante de se ver, principalmente se o inimigo estava a quilômetros de distância. O jogador pode escolher o nível de dificuldade pré-programado no início do jogo bem como selecionar as dificuldades específicas. Por exemplo: Você decide se quer que a gravidade influencie nos tiros a longa distância, ou ainda a força do vento. Lógico que a graça está em jogar com tudo que o mundo e suas leis da física oferece, fazendo com que você se torne um analisador e calculador tal qual um atirador de verdade seria antes de apertar o gatilho.

Nisso tudo entra a estratégia e a tática de guerra. Você pode esperar para que os inimigos entrem um na frente do outro e pegar os dois com uma só bala, ou atirar milimetricamente na granada presa na roupa de um sentinela, ou implantar bombas-relógio, dinamites e granadas presas a fios estrategicamente presos em passagens usadas pelo inimigo, atirar na tampa de combustível de um tanque de guerra e vê-lo explodir... enfim, as possibilidades variadas, a boa inteligência artificial, a mira impecável dos inimigos e o nível de dificuldade desafiante fazem deste jogo um clássico que tem que ser jogado pelos fãs de jogos de ação.



Além do mais existe um modo multiplayer cooperativo onde dois jogadores enfretam juntos a história principal, com o nível de dificuldade em dobro. E era lá que Totó e Panda passava horas e horas jogando.

Bons tempos...

Que não acabaram...

Isso merece um crônica. O texto abaixo aconteceu exatamente do mesmo jeito que nós jogamos. Só retirei os palavrões de Panda e as inúmeras vezes que nós morremos pra tentar salvar o infeliz do informante.

“ "Alvos à nossa direita, bem abaixo de nós." A voz era rouca, um pouco mais que um sussurro. Ali, naquela altura onde o vento assobiava forte a frase quase não foi ouvida pelo companheiro ao lado, mas eles estavam acostumados à pouquíssima comunicação e muito frequentemente o silêncio era a arma mais mortal que eles tinham, salvo quando esse silêncio valioso era rompido pelo ronco seco e estrondoso do tiro de seus fuzis com mira telescópica... e quando isso acontecia o alvo raramente tinha tempo de ouvir esse som, pois já estava morto. “Afirmativo, confirmando alvo à nossa esquerda, bem ao lado do caminhão.” A lente da mira estava suja e empoeirada pelo tempo de uso exaustivo, mas ainda sim era eficiente como um olho de águia. Aliás, “Eagle Watch” era como eles eram conhecidos pelos seus informantes, que eram poucos pois eles estavam atrás das linhas inimigas, em algum lugar da União Soviética à serviço da nação que foi tomada pelos nazistas. A missão que lhes foi designada era direta mais nem um pouco simples: se infiltrar na cidade capturada e dar cobertura à fuga do espião russo que conseguiu informações secretas do alto-comando alemão. O prédio imponente onde ele se encontrava era no centro de um grande pátio no meio da cidade; uma construção clássica com uma grande escadaria na entrada e colunas sustentando a fachada. Era cercado por casas e edifícios em ruínas e ficava a alguns metros em frente de uma catedral que tinha uma grande torre onde o topo era abobadado – uma característica arquitetônica daquele país – e que neste exato momento servia perfeitamente como um excelente posto de observação para os dois atiradores de elite da Mãe Rússia. Eles estavam deitados nos destroços do teto da torre que muito provavelmente fora atingida por um bombardeio aliado. O vento que passava pelo buraco era frio e batia diretamente na face. As roupas desgastadas por tantos dias de uso ofereciam uma ínfima defesa contra o frio, mas era altamente ineficiente contra uma bala inimiga. Eles não se lembravam qual tinha sido a última vez que tiveram uma refeição decente ou até mesmo um sono revigorante. Mas nada disso importava, pois a única preocupação era manter o braço firme, calcular a gravidade e prestar atenção na mudança de direção e na força do vento... os tiros precisavam ser perfeitos. O atirador da direita ergueu o dedo indicador e apontou para as ruas laterais do prédio central, mostrando sem falar nada que o reforço deveria vir por àquelas ruas quando o alarme soasse. O outro confirmou levemente com a cabeça e fez sinal afirmando que cada um iria cobrir uma rua daquela quando o reforço viesse. Três soldados inimigos metidos em seus uniformes cinzentos e com a suástica bordada numa faixa atada ao braço circulavam vagarosamente no pátio em frente à escadaria fazendo uma ronda... sem ao menos desconfiarem que já estavam marcados para morrer. De repente, um deles parou a caminhada e olhou para a entrada do prédio. O atirador da esquerda percebeu a parada repentina e sinalizou com o olhar. “É agora!”. As portas centrais do prédio se escancararam e o espião saiu por elas de costas atirando com uma metralhadora MP 40 para o interior da construção. Os soldados no pátio se viraram para o fugitivo com surpresa e antes que entendessem o que estava acontecendo os dois estrondos ecoaram pelo pátio quase ao mesmo tempo: as balas dos fuzis voaram com perfeição e atingiram dois dos soldados na parte de trás dos capacetes. O borrifo vermelho escarlate espirrou pela testa e eles caíram. O movimento de recarga dos atiradores foi rápido, sincronizado, perfeito. O inimigo que restou olhou rapidamente para o topo da torre e foi a última coisa que ele viu: o fuzil da direita disparou mais uma vez e o olho direito do soldado foi substituído por um buraco vermelho. Ao mesmo tempo em que o corpo caiu o alarme foi acionado. O espião virou e começou a descer as escadas. A gritaria atrás dele dava para ser ouvida pelos atiradores denunciando que os inimigos iriam sair do prédio em seu encalço. Assim que três deles atravessaram as portas, dois instantaneamente foram atingidos no peito, o terceiro percebeu que o espião estava sendo coberto por alguém e rapidamente buscou proteção atrás de um pilar. Mais vozes eram ouvidas agora e a sirene se somava à confusão. O atirador da esquerda viu uma movimentação surgindo da rua à esquerda do prédio e rapidamente apontou sua arma naquela direção. Quatro soldados irromperam abrindo fogo contra o espião, que estava na metade da escadaria. Só restavam três balas no cartucho e o atirador atirou duas vezes sem pensar, os dois inimigos no começo da fila tombaram mortos. Mais uma vez a cápsula vazia da bala foi expelida pela alavanca e a última das cinco balas do cartucho entrou na agulha: “Só mais uma na agulha” o atirador teve tempo de pensar, mas as circunstâncias sorriram para ele quando na correria um soldado entrou na frente do outro e ficaram os dois ao mesmo tempo na trajetória do projétil. Com um breve sorriso nos lábios o atirador puxou o gatilho. O seu companheiro à direita só ouviu o tiro e uma afirmação logo depois: “Dois pelo preço de um, Camarada!”. Enquanto isso o outro estava esperando uma pequena brecha pra atingir o inimigo atrás da coluna. O espião tinha alcançado o final da escadaria e procurava proteção atrás de algumas caixas e barris que estavam depositados ali aos pés da escadaria e em frente ao caminhão estacionado, se virando para o alto da escada e para as portas ele voltara a abrir fogo contra os seus perseguidores. Tinham saído mais dois inimigos pelas portas e um deles já tinha sido atingido na cabeça pelo atirador da direita, enquanto ele mesmo cuidou do outro com a metralhadora alvejando seu peito com uma rajada. O soldado atrás da coluna aproveitou e pôs o corpo levemente para fora da coluna e disparou contra o espião, que por pouco se abaixou atrás dos barris e não foi atingido. Era a chance que o atirador queria, pois o braço do inimigo ficara exposto. Um único tiro certeiro o acertou em cheio e o soldado caiu gritando no chão segurando o braço ferido. A mão ágil do atirador da direita já tinha recarregado quando o seu comparsa avisou: “Mais inimigos à direita”. Voltando a arma naquela direção ele viu mais cinco soldados saindo da rua e se espalhando no pátio. Deu tempo de puxar o gatilho e abater o último da fila. Agora a atenção estava voltada para eles e uma chuva de balas começou a cair em cima da torre. O atirador da esquerda também voltou sua atenção para esses inimigos e enquanto acertava mais um deles no peito não viu que um atirador de elite alemão alcançava o teto de uma das casas na extrema esquerda da torre e tomava posição. Outros dois soldados tombavam no pátio, um com uma mancha vermelha entre os olhos do tamanho de uma moeda e o outro levando a mão ao pescoço de onde uma grande quantidade de sangue jorrava. O último desse pelotão tentava correr em direção a um bunker que estava na margem direita da escadaria; uma pequena construção de concreto circular com uma única entrada e pequenos espaços retangulares para quem estiver dentro atirar com mais segurança. O atirador da esquerda se precipitou e puxou o gatilho no momento em que o vento mudara de direção, o projétil fez uma leve curva para a direita e mergulhou bem abaixo do quadril do inimigo, que gemeu e caiu a centímetros da entrada do bunker e acabou se arrastando para lá. “Maldição. Perdi ele!”, blasfemou o atirador, e um segundo depois ele sentiu o seu ombro esquerdo queimar dolorosamente seguido de um estampido seco à sua esquerda. O sniper inimigo tinha encontrado seu alvo. Em meio a um gemido de dor por entre os dentes ele ouve outro tiro, mas dessa vez fora seu parceiro que vira o esconderijo do adversário e num lance de reflexo disparou contra ele. A bala atingiu a luneta da arma e arrancou um pedaço da face do soldado. O sangue tingindo a parede atrás do corpo... da mesma cor do sangue que agora escorria pela manga do uniforme do outro e manchava o chão da torre. Vendo o olhar de preocupação do parceiro o outro sinalizou que estava bem; a bala o acertou de raspão. “Ele não era tão bom quanto nós afinal.” Os dois voltaram a atenção para o espião que nesse momento estava agachado atrás das caixas e barris olhando para um lado e para o outro à espera de algo. “Onde diabos está o transporte que não apareceu ainda?” perguntou o atirador da direita dando uma rápida olhadela no relógio sincronizado e como se respondessem à sua pergunta um caminhão passou atravessando o pátio vindo pelo lado sul buzinando sem parar e indo em direção ao espião. “Ah, a carruagem chegou!” disse o outro. O caminhão fez uma curva fechada e freou ao lado do espião que não tardou e saltou para o interior do veículo. Era hora de dar cobertura ao transporte. O caminhão arrancou enquanto de dentro do prédio saíam mais meia dúzia de soldados gritando e atirando na carroceria do transporte, que fez mais uma curva fechada passando em frente do outro caminhão que estava estacionado na margem esquerda da escadaria e indo para o leste. O atirador da direita viu o caminhão estacionado e teve uma idéia. O outro parou por um momento e se concentrou para ouvir um som diferente... havia algo estranho naquele som... parecia um som de... “Um automóvel! Vindo pela rua da esquerda” ele gritou. O veículo conversível vinha em alta velocidade e entrou no pátio em perseguição ao caminhão. Deu tempo de ver que eram dois oficiais alemães que estavam no interior. “Eles alcançarão o caminhão!” gritou o da direita. “Não... não irão” respondeu o outro por entre os dentes e prendendo a respiração ele atirou. A bala seguiu diretamente para o peito do motorista, mas a parede de vidro do pára-brisa se estilhaçou desviando a bala levemente para cima e em vez de atingir acima do coração foi o quepe do oficial que voou de sua cabeça revelando uma careca manchada de sangue. O corpo do oficial tombou para frente do volante e o pé sem controle afundou no acelerador. O veículo sem direção acelerou com tudo, saiu da rota de perseguição e se achatou violentamente contra a parede da catedral arremessando o outro oficial para fora do calhambeque. Se recobrando rapidamente da surpresa, o outro atirador olhou para o pelotão que saíra do prédio e viu que eles finalmente chegaram ao final da escadaria e estavam parados bem ao lado do caminhão estacionado abrindo fogo contra a traseira do caminhão de fuga. “Era aí que eu queria vocês, malditos” ele falou, e mirando no tanque de gasolina do caminhão estacionado puxou o gatilho. O estrondo foi gigantesco e a força da explosão transformou o caminhão num grande Coquetel Molotov. Todo o pelotão foi incinerado de imediato. “Na mosca, camarada!” falou o da esquerda. A sirene ainda soava dizendo que o intruso estava fugindo. O caos estava instalado no pátio da cidade, mas por enquanto os soldados alemães estavam refreados. A missão foi cumprida. Os dois atiradores se olharam e concordaram que era hora de fugir dali, mas ao se levantarem e se voltarem para descer as escadas da torre um som de vozes e passos vinham de baixo, de dentro da torre. Os inimigos estavam subindo em seus encalços. Os dois se olharam mais uma vez e sem hesitar trocaram de arma: colocaram os fuzis nos ombros e empunharam as metralhadoras PPSH. A missão tinha sido cumprida, mas ainda restava escapar daquele inferno."

Meio longa, né?

Mas foi desse jeito.

Bom, depois eu conto as outras partidas que joguei e continuo jogando com Panda.

Que Deus nos abençoe.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eita Piula!

E aí, povos?
O que é “Eita Piula”?
E EU SEI LÁ O QUE É EITA PIULA!
Só sei que desde quando eu era “boy” eu escuto Eita Piula. Por aqui, pela minha terra Natal é usado como uma expressão de espanto, surpresa, admiração... usado também como uma sentença pós-topada, por exemplo, daquelas em que a “infilíz” da pedra enterrada no meio do campinho de futebol se encontra embaixo da bola e ao invés de dar um bicudo na gorduchinha você ARRANCA O XABOQUE DO DEDO!
...
Vai me dizer que nunca te aconteceu isso?
Aqui, neste exemplo, se emprega o Eita Piula em duas funções diferentes: O “Eita Piula!” do topador, simbolizando a dor da GÔTA SERENA que a pedra causou no dedo do azarado; e a função de espanto do colega da pelada que se aproxima do cidadão sentado ao chão e exclama “TÁAAAAA PIULA BOY, TUA UNHA LEVANTOU!”
O bom é o MERTIOLATE depois... o antigo, do tempo que ardia.
Pois bem, reparei que quando eu to jogando videogame solto essa exclamação sempre que admiro alguma cena ou quando uma bala passa zunindo na orelha do meu personagem... o que acontece muito em jogos como Call of Duty ou Army of Two.
Assim como também num jogo de luta, onde as finalizações e os K.O.s com os “especial moves” são de se admirar. Tô falando de Street Fighter.


O revolucionário dos games de luta, o fazedor de milhões ou bilhões de fãs no mundo todo, o clássico da Capcom, o inesquecível.
Pra quem joga videogame o título dispensa apresentações. Pra quem não joga... bem, não sei porque a demora de pegar o controle pra jogar. Quem desconhece ou subestima esse jogo – uma minoria na gorda parcela de gamers existentes, vale salientar – tende a esmagar os botões, apertando todos ao mesmo tempo, jogando “na doida” pra ver no que é que dá. Mas como num bom jogo de luta o esquema está na estratégia. Aprender os golpes, os contra-ataques, os especiais, os pontos fortes e fracos de cada personagem e todos os afins garantem que você tenha uma boa chance de ganhar uma disputa.
Disse “uma BOA chance”.
Porque pode ser que aconteça isso:




EI-TA PÍULA MEU IRMÃO, DOIDO!!! Que virada aloprada!
Ou seja, Street Fighter requer a sua dedicação, meu caro... não faça como eu que foi um dos que subestimaram o game e sentou para jogar contra DENNIS.
...
Rapaz, pense numa surra.
Dennis é primo do meu amigo Beto. Meu amigo Beto certo dia disse: “Vem aqui em casa jogar que meu primo ta aqui”, beleza, massa... cheguei lá, peguei o joystick e me sentei... e tive um breve momento de felicidade quando em uma das 30 partidas que duelei com ele, consegui TIRAR O PERFECT DELE... OU SEJA, ACERTEI 1 GOLPE... 1 MÍSERO E BESTA GOLPE... pra depois, logo em seguida ele me derrotar com o escurinho do Gouki. Todas as outras partidas ele conseguiu perfect nos dois rounds. Nunca tinha visto nada igual na minha vida. Olhe que eu jogava Street Fighter desde quando lançou... tá certo que não era hardcore nem nada, mas pelo menos não apanhava de perfect.
Dennis venceu um torneio de SF por aqui ultimamente. O cara é bom. Queria vê-lo num nacional.
O último Street Fighter que saiu – o Super Street Fighter IV, para Xbox 360 e Playstation 3 – é, sem sombra de dúvida, o melhor game de luta da atualidade. Uma obra prima. Merece um EITA PIULA!...


...E uma crônica:
“O peito queimava da dor infligida por dois punhos enfaixados e fechados... O golpe tinha sido à queima roupa e o impacto foi tamanho que o lutador se afastou aumentando o espaço entre os dois. Embora o seu corpo reclamasse do golpe, a face não deixava transparecer... O kimono vermelho surrado, que já o vestiu inúmeras vezes, se encharcava de suor e o calor dentro daquela roda de briga era insuportável... Mas ele não se importava com isso, aliás, tudo aquilo parecia lhe dar mais vontade de derrubar o gigante que era seu adversário: o calor, o cabelo loiro molhado na testa, as pessoas ao redor encorajando a briga com gritos e com cédulas de dólares amassados na mão apostando quem dos dois venceria o embate e o principal: aquele sorriso malicioso que seu adversário apresentava pelo canto da boca... Logo abaixo do tapa-olho preto que ele não fazia idéia de quem tinha sido o autor daquele golpe certeiro... Só lamentava de que não tinha sido ele. Esse pensamento foi o estopim. Com um grito de fúria Ken parte pra cima do outro com uma velocidade impressionante e com um salto desfere um chute cruzado visando àquela cabeça careca. O boxeador tailandês parecia esperar pelo ataque e ergue os braços enfaixados num bloqueio em direção à canela do lutador, o impacto é forte e a perna do atacante é arremessada para trás, mas o atacante aproveita a velocidade do impacto, gira sobre o eixo do próprio corpo e apoiando o outro pé e as mãos no chão desfere uma rasteira com toda a velocidade do chute defendido nas pernas de Sagat, que é pego de surpresa e cai sem o apoio das duas pernas... A dor nas suas costas nuas em contato com o chão é grande a ponto do olho ainda bom se fechar em reação, e quase não se abrir a tempo de ver no alto o calcanhar do outro erguido num chute que desce velozmente em direção ao seu rosto; tudo é muito rápido e o karateca sente o seu calcanhar esmigalhar o asfalto abaixo, mas não o rosto do alvo que ele procurava... Numa fração de segundos antes o gigante tinha rolado para fora do alcance do seu ataque e agora ele se erguia do chão, irado... Mas um detalhe Ken reparou: aquele sorriso sumira. Era a vez de Sagat soltar o seu grito de fúria e correr em direção do outro para desferir o seu golpe final e acabar de vez com aquela brincadeira. Ken aguarda a vinda do grandalhão e quando o outro entra em seu raio de ação ele desfere um soco direto com toda a sua força... Mas estranhamente o punho fechado não encontra o rosto, olhando rapidamente para baixo ele vê que Sagat está agachado e concentrando a força toda em seu punho direito... Não dá mais tempo: “TIGER UPPERCUT!” – Ele grita e o enorme boxeador sobe como um míssil colocando todo o peso e velocidade do corpo no seu punho direito, ao outro só dá tempo de erguer os braços à frente do peito e tentar bloquear o impacto... A força do golpe é arrasadora e o karateca sente seus braços arderem, mas ele enfim conseguiu bloquear o golpe... E num espaço ínfimo de tempo a sua mente clareia: o adversário está bem acima dele, ainda terminando o vôo que fora o seu golpe... “É agora!”. Com a fúria concentrada pela dor e pela adrenalina o seu braço direito irrompe em chamas e ele aproveita a brecha de Sagat: com a garganta bradando a plenos pulmões ele sobe numa coluna de fogo e atinge em cheio o a cicatriz no peito do boxeador no mesmo momento em que descia do golpe anterior... Uma dor inimaginável percorre o corpo do gigante e lá do alto ele tomba para a derrota ao chão. Um grito de vitória sai dos lábios das pessoas da roda, a animação é saudada ao vencedor, que olha para o adversário desacordado a seus pés. Ali, estava terminado... Pelo menos por enquanto.”
Fico por aqui hoje.
Boa jogada para todos.
E que Deus nos abençoe.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sejam Bem Vindos!

Olá a todos os visitantes. Me chamo Philipp, vulgo Totó, e estou aqui para falar o que penso, vejo e sinto quando tenho nas mãos um joystick.

Caramba, eu ADORO jogar... Não, vocês não estão entendendo... É sério. Para mim existem poucas coisas que me fazem criar coragem depois de um dia duro de trabalho e uma delas é sentar na frente da TV, ligar o videogame e passar horas e horas a fio jogando...

Tá, tudo bem... quem me conhece sabe que o meu trabalho não é nada duro assim... mas vale a intensidade da palavra só pra mostrar o quanto eu gosto de jogar.

Vou postar aqui algumas experiências, análises, crônicas e afins para compartilhar com quem quiser ler, claro que tudo isso sob o meu ponto de vista que não é, nem de longe, o de um perito no ramo dos jogos eletrônicos... apenas o ponto de vista de um cara que é fissurado por games e que desde pequeno – aliás, desde mais novo, porque “pequeno” eu nunca fui – gosta de jogar e viu a evolução dos jogos desde o ATARI até os consoles da última geração.



Vou começar com um jogo de tiro on line em primeira pessoa chamado COMBAT ARMS.


Na verdade, é até covardia minha falar de um jogo que eu não joguei... MAS, ENTRETANTO... tenho um amigo que jogava; e o infeliz jogava MUITO! O nome desse indivíduo é Hessed Martins, vulgo HESMART. Esse mesmo que é meu parceiro na criação desse blog. Vendo ele jogar parecia que correr pelos cenários do jogo com uma arma nas mãos e sair distribuindo balas e morte era a coisa mais fácil do mundo.

O Combat Arms se trata de um FPS parecido com o bom e velho COUNTER STRIKE, onde o objetivo é matar os adversários, seja jogando sozinho ou em time; a diferença é que em Combat Arms existe um sistema de ranking com ascendência de patentes, o que torna tudo bem mais interessante. Quem começa a jogar inicia numa patente baixa, tipo recruta ou soldado... com um tipo específico de equipamento e armas e na medida em que você vai derrotando os seus inimigos a sua pontuação vai aumentando, aumentando também sua patente e consequentemente melhorando seu equipamento e seu arsenal. Os cenários também eram parecidos com os de CS: ruas estreitas entulhadas de escombros e carros abandonados, prédios e casas urbanas e etc etc... e tudo com um visual e gráficos bem bacana. Porém o jogo foi cancelado no Brasil sob a alegação de que a conexão dos servidores daqui não era tão boa e isso atrapalhava o andamento do jogo de outros países com conexão melhor, ou seja, muito leg na parada brasileira...

Nunca tive a chance de jogá-lo porque precisaria de uma internet que não fosse no mínimo vergonhosa, isto é, uma conexão discada de 56kbps... affe, me perdoem por escrever algo de tão baixo escalão, mas era a internet que eu tinha na época. Pelo jogo ser on line era ou ter uma boa conexão com a internet, ou abrir o menu iniciar do Windows XP e jogar paciência spider...

É... era o que eu fazia...

E ouvindo George Benson e Michael Jackson...

...

Bom, restava a mim assistir os outros destruírem geral no Combat Arms. E você pode ver meu amigo Hesmart em ação bem aqui.

clique para abrir no Youtube


Ah frechado!



Ele também detonava geral quando a gente se reunia pra jogar Call of Duty nos corujões em lan houses aqui de Natal... mas sobre essas partidas contarei depois...

Enfim, escrevi uma narrativa em sua homenagem:

“O soldado via tudo em câmera lenta, a respiração ofegava e os batimentos cardíacos eram muito acima do de um humano normal... Ele fora criado pra isso, fora moldado para ser um atirador, como se fosse a própria agulha de uma arma... Não... Ele em si era uma arma mortal. O ar estava carregado de fumaça e poeira... cinza como a cor de um cano de um calibre 12; carros enferrujados e escombros esfumaçantes eram o cenário de sua cruzada... Ele se sentia em casa ao correr velozmente pelas ruas e guetos arruinados à procura do inimigo. Ao alcance de sua mão uma obra de arte: uma M134 carregada e pronta para cuspir fogo pelos seus canos ao menor toque do seu dedo. E sem pensar ele o faz. O som trovejante da arma inunda as ruas e a chuva de cápsulas vazias começa a cair a seus pés... o olho agora injetado de sangue, suor e fúria não deixa nada escapar. Logo, os projéteis encontram seu alvo num corredor apertado: inimigos encurralados sentem uma dor lancinante percorrerem seus corpos sem ao menos saberem o que está acontecendo... Sem ao menos ouvir o som do grito que estava preso na garganta e que de repente sai misturado com o som dos disparos da arma do seu algoz. Tudo acontece muito rápido agora, o soldado se vê num cruzamento de ruas e os inimigos parecem surgir de todos os lados... pior pra eles. Dois adversários irrompem a rua à esquerda tentando flanquear o guerreiro, que rapidamente arremessa uma frag granade naquela direção e sem ao menos parar pra ver o resultado da explosão - como se ele não soubesse que aqueles homens já estão mortos - ele gira o corpo mudando a visão para suas costas e sem pensar reage ao alarme do seu ouvido que lhe avisa: mais três soldados o cercam... Tarde demais. A metralhadora começa a girar seus tambores e derrama a ira do metal quente nos inimigos. Um deles é acertado na cabeça tombando para trás logo em seguida, o segundo vê o seu colete pipocando de buracos enquanto sente sua boca se encher de sangue e o terceiro tem tempo de disparar uma rajada de tiros antes das balas o atingirem no pescoço... As balas passam assobiando pela orelha direita do corajoso guerreiro, mas não o acertam. Antes de morrer, o inimigo vê o seu algoz correr em sua direção... Ele se ajoelha ao seu lado, o olhar frio de quem já viveu mais guerras do que gostaria... Arranca a munição deixada pelo adversário que ainda vê, entre sangue e dor, o nome inscrito na DogTag do soldado: HESMART.”

É isso aí. Voltarei depois para falar de mais jogos.

E explicar o que é o Eita Piula!

Que Deus nos abençoe.